segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

 
  Por vezes sabemos para onde vamos exactamente. Sabemos precisamente o caminho a seguir... No entanto, esse nem sempre é o mais seguro, apesar de aparentemente o ser... Nem sempre depois de vermos tudo o que já foi ou tudo o que já era, chegamos à conclusão de ter sido o melhor para nós, e aí percebemos que afinal não era por ali... Então vemo-nos perdidos num sítio onde não queremos estar e onde sentimos não pertencer... É doloroso perceber que fizemos tanto e que a nossa vida deixa de ser apenas um recomeçar de novo mas tornou-se também no resultado de um bilião de passos atrás. Só quem vê mais entende, percebe o quanto é necessário inverter a tendência, para não esbarrar com a parede lá ao fundo que nos quer fechar em nós próprios...
  Saber exactamente o que queremos e para onde estamos a ir nem sempre significa ir pelo sítio certo. Tanto e tantas vezes os nossos sentidos estão enublados, dormentes, trocados pelo cansaço da rotina e do dia-a-dia. Gosto de sonhar, aliás sempre gostei... Sou um ser capaz de me entregar ao desconhecido com um sorriso nos lábios... Não quero mais ficar encarcerado de dor, esbarrado contra paredes.

  Gosto de arriscar e se gosto é por que sei que quando faço tudo pelo certo, pelo que acho mais correto, descubro normalmente que afinal não o era...

  Ponto final.
  Declaro um fim ao estado de conforto, ao sentir-me seguro na minha ridícula bússola invertida, avariada... Eu não posso, eu não quero pensar mais nas pistas que surgem, apenas quero fechar os olhos e deixar-me levar pelo desconhecido. Tenho de me deixar guiar pela aleatoriedade da vida, pelas indicações daquilo que tem de ser, algo que é bem superior a mim, a nós. Quero sair desta zona de conforto, deste sofá enorme em que me sentei...

  Sou mais e melhor, capaz de me revelar na adversidade... O desconhecido traz as melhores surpresas, para mim é ele que me pode trazer o maior conforto possível. A adaptação é difícil, e não, não o é para quem já cresceu com essa capacidade encrustada, criando para ela um espaço próprio...

 
  Eu não sou eu... Esta personalidade não sobrevive se me impedir de sonhar e prosseguindo nessa direcção... Portanto, eu não serei eu... Quero sobreviver, mesmo que para isso, esteja implícito caminhar no escuro, fechar os olhos e acreditar, apenas acreditar... Serei mais forte aí, e sei que não encontrarei paredes sólidas o suficiente que eu não possa destruir. Tem de ser por aí... É por aí que devo seguir e sei que é aí que sempre me revelo, que sempre me revelarei, estou certo disso. É no caminho dos sonhos e a sonhar que sou e serei mais, muito mais do que aquele que estava deitado a dormir e a acordar em realidades que que não eram as dele...

 
  A vida é mais aleatória do que previsível, existe muito mais do que aquilo que é apenas visível aos olhos... A luz cega se estivermos do lado oposto... Vou entregar-me e deixar de brincar nas indecisões, pois só os dados do destino é que me vão ditar o próximo ponto de partida...

  É impossível saber tudo... A humildade de aceitar as coisas que simplesmente não podem ser controladas é essencial... É preciso crescer e crescendo, percebemos que mesmo quando fazemos tudo como devia ser, preparando a nossa vida ao mais ínfimo detalhe, existe sempre o aleatório, existe tudo o que é extra nós, que não está nas nossas mãos e interfere, levando-nos às paredes...

 
  Corto as amarras ao gigante que habita mim e vou pelo caminho mais difícil, aquele que me leva aos meus sonhos e não apenas ao aceitável, que agora declaro firmemente como inaceitável...

  Nada, nem ninguém me vai impedir de subir e descer as montanhas, percorrendo os vales que me fazem saltar ao rio que me leva a nado pelo mar mais profundo até à costa arenosa, que me faz subir ao coqueiro para afagar a fome e a sede de viver...

  Ninguém me vai impedir de correr por cima dos icebergs para fugir à lava do vulcão, ou de me atirar para um edifício a ruir em cima da terra a tremer para me abrigar daquele tornado. É por aí que irei se assim me permitir em sonhar com mais...

  Atirar-me-ei aos lobos para os proteger das balas de um caçador, mas também vestirei a sua pele para me sentir quente...

  É assim que acho que a minha vida tem ser, sem medo, sem amarras... Olhando-a de frente com o queixo erguido, dizendo que não há caminhos difíceis, apenas sonhos destruídos...
  Mesmo o caminho mais difícil nem sempre é o pior... E é a adversidade que traz tantas vezes o melhor de nós à superfície...
E, sim, quero melhor de mim a viver a minha vida!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Atitudes que me deixam na defensiva...

  Preciso de escrever há tanto tempo... É preciso coragem… Algo falta…

  Tenho medo do que sinto, ou até mesmo do que não sinto… É tanta a pancada que está tudo dormente, que deixo de sentir. Mas as marcas, essas, vão ficando em mim…

  Rio e sorrio para as pessoas, até que já nem disfarço e parece que se torna parte do que sou... Se calhar é mesmo uma parte de mim… Mas é tão escuro assim, não quero… Prefiro sentir tudo nem que seja o golpe mais duro, gosto de sentir, é isso que me diferencia do resto…

  A verdade das verdades é que a paciência se esgotou!
Espero sempre mais e talvez demais das pessoas… Espero talvez aquilo que seria capaz de fazer por elas…

  Todos temos as nossas razões para nos justificarem... As suas razões… Podem não pensar como eu… Até entendo, que não têm as mesmas vivências que eu…

  Não percebem que basta carregarem neste interruptor para eu, com toda a força, brilhar... Para com tudo o que tenho as proteger do escuro e aquecer deste frio que nos persegue a todos… No entanto, tocam nesse interruptor quase sempre sem querer, por engano, e até talvez achem piada saber que ali têm luz... Dá jeito… Mas desligam-me… Seja sem querer, seja por que nesse momento não estou a ser necessário… E quando escurece outra vez, perdem a noção de como me ligar de novo, de como me fazer iluminar... E eu? Eu... Eu fico aqui escuro e no escuro sem perceber o porquê, apenas porque sim…

  O interruptor enferruja…
Torna-se difícil surgir luz de mim a não ser que se esforcem mais…

Já não estou para isto… Há atitudes que não se percebem, há coisas que são tão claras, cristalinas… Como é possível? Ensina-se nos livros, observam-se nos filmes, transparecem nos meus olhos…

  Já não acredito nos para sempre, e quero tanto, e no fundo até acredito… Percebo que estou a perder a fé, a distancio-me desta minha única religião que me dá sentido e orientação… Penso que continuando assim, conseguirei caminhar mas caminharei num caminho sem vida, vivendo apenas para o momento... Percorrerei uma vida sem grandes motivações ou aspirações, apenas com os prazeres do quotidiano… Isso aterroriza-me, e vou ficando perto… Vou ficando dormente, vou me fechando ao mundo…

  Querem-me pela superfície ou até pelo meu interior, desejam-me porque provoco isso, gostam que esteja perto delas porque até dá jeito... No entanto, sou secundário para elas, é que papéis principais só por manipulação… Isso desagrada-me. É o que sinto, e se não é verdade, é o que demonstram em atitudes e em palavras e no que magoa… Isso aborrece-me… É um grande zero! Partem-se os pedestais por muito que tente mantê-los intactos…

  Quebro por dentro os pedaços já fragilizados de tanto serem colados... Onde está cola são rijos, duros, mais fortes…

  Até onde haverá espaço para a normalidade, até onde deixarei de ser eu, até onde já não restará apenas cola, apenas um todo duro, inquebrável e impenetrável? Não sei… O que sei é que vou deixando de ser, tornando-me numa mutação de mim que ainda não sei se gosto… Uma sensação que, para já, apenas me assusta…

  Quero naturalidade, quero ser reparado sem esforço, apenas com algum calor, só preciso de alguma luz perto de mim… Parece que isso continua longe de acontecer e vou fazendo os possíveis para me manter inteiro, do jeito que sei, do jeito forçado, duma forma que me vai transformando…

  Talvez encontre uma nova fé…. Talvez descubra novos caminhos, mas gosto deste…

  Errei tantas vezes, fiz tanto para me defender que atirei pedras enquanto protegia os olhos... Sem ver bem... Criei e crio buracos que podiam e podem ser caminho sólido…

  Mas pronto, é assim… Sou apenas humano, sou assim… O meu defeito é este… É andar meio cego, esperar mais e demais das pessoas, esperar que me acompanhem para caminhos seguros, que me ajudem a ver com clareza… Se é que não vejo?!

  Tenho me sentido um poço de dúvidas e inseguranças no que se trata a outras pessoas… Sinto a fé a desvanecer… Quero tanto baixar os meus braços e ver bem, ver tudo como deveria… Tenho medo, tanto medo… Sempre que o faço o resultado não é bom…

  Fecho os olhos e suspiro… Espero que este veneno saia do meu corpo e tento iluminar-me sem ajuda… Tento aproximar-me de mim, do meu núcleo, daquilo que me mantém eu na base de mim…

  Respiro… Penso na esperança que ainda tenho…
Levantei vôo e sinto-me a planar sobre o mundo... Tudo é música, tudo é sonhos e pesadelos que nem sequer me tocam... Sinto-me assim no ar vendo tudo passar bem devagarinho...


Sinto-me lá tão no alto, longe de tudo... Não sei onde devo, onde quero, poisar... Aqui inalcançável sinto-me seguro, sinto-me anestesiado e quase drogado... Por enquanto aqui ficarei e sinto que só aterrarei quando o cansaço me prender as asas...


Daqui vos vejo a todos... Daqui vos ficarei a ver... É o que quero para mim agora...


sábado, 30 de abril de 2011

Cruzando os nossos caminhos seremos mais...



A subjectividade da vida... Aquilo que pode ser e não pode, surgindo nesta prisão de escolhas com paredes de dúvidas...
Terei usado a palavra certa? Será que escolhi o caminho indicado? Decidi cedo de mais? Tarde de mais? Hoje amigo, amanhã uma navalha nas costas? Simplesmente detesto, adoro ou ainda o nem sei? Chorar ou sorrir? Um sonho, que pesadelo ou nem me lembro? É pouco ou será muito? Suficiente...
Escolhemos com base nas memórias do que passámos e a partir daquilo que nos educaram e aquilo a que nos educamos... Próprio de nós, parte daquilo a que chamamos personalidade, daquilo a que chamamos, Eu... O EU que se desenvolve em nós criando e modificando a percepção, construindo e alterando a nossa forma de ver a vida...
Penso com luz... isso é bom...
Penso pelo lado positivo, isso é bom...
É bom, acreditar que ninguém está errado... Estamos todos certos! Aqui permanecemos., a viver os nossos caminhos cercados de motivos... Motivos... Muitos motivos...
Vamos viver, vivendo por caminhos que se cruzam com outros... Mudando-se assim os rumos, alterando-se assim os ritmos... Aproximo-me desses cruzamentos em que a vida ganha cor, interesse, conquista de energia...
Partilhemos, então, o que se foi aprendendo... Partilhemos mas, sem julgar ou culpar alguém para além do que é estritamente necessário para a nossa segurança...

Gosto e quero cruzar-me por aí...

Preciso e espero crescer mais...

Devo e ambiciono ser mais...

Cruzando-nos seremos melhores do que somos...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Yoav - Beautiful Lie




Yesterday, today, tomorrow
Fade away like frozen photographs.
Remember, forget
The stakes, the ways you take,
The ways you make the moments pass.
For every regret,
I tell a beautiful lie.
And I would die if you find out.
I tell a beautiful lie every time that I
did not open up my mouth.
All the same, it's a game,
it's a play, it's a war,
it's a shame that we're always fighting for.
I don't mean to cast no blame,
I don't intend to pretend, I could, never loved you more.
But in the blink of an eye, everything you ever knew can change
And it's a beautiful lie if you think everything will always stay the same.

Babe.
My babe.
You got a secret – it's starting to show.
My babe.
Sweet babe.
How long can you keep it?
How far would you go?
You tell a beautiful lie.
And it's going to, it's going to drive you crazy.

Babe
My babe.
It's starting to show.
My babe.
Sweet babe.
How far would you go, go, go to tell a beautiful lie?
Yesterday, today, tomorrow
Fade away like frozen photographs
Remember, forget
Forever.
Lie.

Beautiful lie

domingo, 24 de abril de 2011

Quero...




  Eu quero ver filmes de ficção científica, ler livros de romance, ouvir as músicas que tanto mexem comigo, os filmes que me transportam para outro mundo e os livros que me fazem chorar e rir... Ver paisagens que se tornem parte de mim... E quero cantar, dançar, saltar, sonhar, amar, brilhar... Quero mais, de mim... Quero olhar aquele quadro e perceber que é mais importante o porquê e o como foi pintado, do que o que foi pintado...

  Tenho de sentir borboletas a acompanhar um beijo, tenho de sentir formigueiro no corpo antes de cada toque, tenho de perceber no olhar o carinho embrulhado em desejo...

  Preciso tanto, mas tanto de momentos... Preciso de ser preenchido de memórias fortes ou não passarei de um ser vazio...

  Aqui estou eu! Pronto e capaz, forte e preparado para viver esses momentos... Para fazer mais do que somente sobreviver...

Emma Shapplin - Nothing Wrong (HQ)



Nothing
Nothing wrong
I guess I like foolish situations
Nothing, No nothing wrong
Just wanna let it go no direction...
Feeling, swaying slow
Just before giving up for real
I'll now know

[chorus]
What if you touch me?
I think I'll slide into your mind
What if you hold me?
I think I'll infuse in you sigh
Don't you refrain it for me
Oh
What if you touched me?
I aim you

Nothing
Nothing wrong
I guess I like foolish situations
Sustain
Contain the fault
Of words denying senses
Plainly plainly fall
Playing
Acting roles, just not the way it sould
Reverse our codes

[Chorus]
What if you touch me?
I think I'll slide into your mind
What if you hold me?
I think I'll infuse in your sigh
Don't you refrain it for me
Oh
What if you touched me?
I scare you

[Chorus] (first one)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pedes-me um beijo...



Pedes-me um beijo... Mas não dei... Um beijo que eu quis... Um beijo e não... Não surgiu..

Sou muito mais complexo do que um simples beijo...
Essa consciência tem de existir...
Temo que se o desse te perderias no meio de um turbilhão de sensações mágicas que se transmitiriam...
Houve um tempo que quando eu queria, quando achava que devia, a energia era partilhada nesse toque perfeito... Mas agora, sei que essa energia está a fluir com vontade própria, sinto-me a andar pelo ar, tudo corre bem, sinto-me com calma, sinto-me ligado a tudo, iluminado...
Não tenho controlo em mim, não escondo o que penso, não escondo o que sinto... Tudo o que partilho é puro e verdadeiro... E isso é mais, muito mais do que eu queria neste momento...

Sei que só me arrependo do que não fiz e isso é verdade!
Mas tudo surje... No momento que achar, darei o passso sem pedir... Se precisas de pedir, se chegámos a este ponto, é porque é o momento de o fazer... Reconheço a palavra medo embora não o tenha... O medo surje em todos... Mas o medo não é o caminho, é a barreira...
Percebe que nada poderá fazer desaparecer essa sensação de que algo ficou incompleto... Apenas podemos avançar no momento ou afastar, mas para afastar é preciso saber que não queremos ter mais ligação... Porque até que aconteça, a solução será sempre a mesma... Esse momento ficará nos pensamentos, nos desejos, nos arrependimentos, até que talvez um dia...
O calor, a paixão, a luz, a entrega ao momento, os toques mais suaves, os olhos mais transparentes, a energia mais pura, a partilha... Isso... Isso que não proponho, não perguntarei, não pedirei, mas também não fujirei...

Vivo, entrego-me e deixo ser o que quiseres que seja... Deixo, porque não tenho destino, vivo o momento sabendo que o amanhã é o hoje do passado... Sabendo que não quero arrependimentos... Sabendo que estou aqui para aproveitar o meu tempo...

Quem sabe a mulher da minha vida já não me pediu um beijo que não dei...

Pedir é mecanizar, dar é entregar-se sem medo de viver...
Ser procurado por quem também quero, é maravilhoso... No entanto, quero também que essa pessoa me tire os pés do chão... Nem que seja por um momento, nem que seja para toda a vida...

Sente, sonha, imagina e se quiseres por agora cá estarei, serenamente, à espera do dia em que o mundo deixe de existir, em que a necessidade de respirar seja secundária, em que tudo se torne mais simples, mais natural, mais próximo...

(Para quem já alguma vez pediu um beijo e não...)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Morre lentamente...



"Morre lentamente quem não viaja; quem não lê; quem não ouve música; quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio; quem nao se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, quem não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão: quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os 'is' em detrimento de redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos sem bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás dum sonho, quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir aos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar."

Pablo Neruda

(Este texto foi-me lido por uma cliente minha, a Dra. Maria Carolina... E é em sua honra e por estas palavras magníficas numa voz doce, e por ser uma cliente que também se tornou numa amiga e por estas palavras terem significado tanto para mim, que coloco aqui este texto... Muito obrigado!
Eu não quero morrer lentamente... Quero viver, viver e apenas viver... Por isso, acelero... Convido todos os Grandes deste planeta a fazerem o mesmo, a acelarar comigo, a viver sem desculpas, sem arrependimentos do que não se fez... Vamos ser fieís a nós próprios, vamos viver vivendo, a sorrir... E as tragédias são apenas do tamanho que nós as quiseremos deixar ser, para mim apenas são parte do nosso crescimento como pessoas... Sorrio, porque as vivi e sou mais do que era antes...)

sábado, 16 de abril de 2011

Acelero...


Sinto-me a acelerar e o mundo à minha volta vai abrandando...

Estou a um ritmo estonteante, ganhando velocidade... Voltando a ser...

Durmo menos e corro mais, canto mais, danço mais, penso mais, sonho mais, participo mais em mim... Ninguém imagina o que é voltar a sentir esta energia que sinto de forma consciente... É uma vontade de estremecer o mundo num só gesto... Sinto tudo de forma diferente... E sinto-me muito enganado, mas muito feliz por ter percebido isso...

Estou tão grande, estou tão longe e estou tão preparado...

Serei sempre o eterno apaixonado à procura do lar... Mas, enquanto não encontro essa paz viajo entre a luz, percorro sob as guerras e finto o tempo com um sorriso...

Sou eu! Mas mais eu... Sou eu com experiência, eu sabendo o amanhã, hoje... Vendo muito mais longe, sabendo que tudo surge naturalmente com a alegria...
Sabendo que consigo ser mais do que sou hoje, até mesmo mais do que já alguma vez fui... Segredo... O grande segredo é experiênciar o caminho sem receio do seu fim... Segredo... Aproveitar esta estrada que em tantas vezes sabe tão bem acelerar, abrir os vidros e sentir o vento, mesmo que a viagem já nos peça descanso...

Por isso, vamos... Vamos viver, vivendo... Vamos juntos... Mais rápido... Para depois quando tudo abrandar, tudo ser muito mais doce... Sorriam agora e vamos...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Tempo para perceber...


  Só o tempo nos entrega as simples respostas que não queremos ver... Sentimos o seu peso no corpo, o peso das suas cicatrizes... E quando paramos, quando pensamos... Dói! Aí pois dói... Mas a dor é um desinfectante da alma, é um estimulo para crescer, para aprender... Mas dói... E dói o que tem a doer, quando tem que doer, até quando for preciso... Depois também o tempo trata de acalmar essa dor... Ele cria e abre feridas, mas também as cura!


  Aqui estou eu! Tenho tempo... Estou pronto a esperar... Pronto a pensar... Pronto a doer... Pronto a curar...

  A luz voltará... Tenho de voltar a seguir o meu caminho...
  Quando a luz voltar, vou agarrá-la... Vou agarrá-la com força e farei aquilo que preciso... É isso que quero! É para isso que sobrevivi, é por isso que percorro o caminho... Desta vez fui pelo mais longo, outro dia irei pelo mais curto...

  A luz vai voltar, seja hoje, seja amanhã, seja quando for... Estou pronto, à espera, em alerta...




  Gosto das minhas batalhas, não há nada mais belo em mim... Venham as cicatrizes que faz parte do processo...



  Penso, paro e dou tempo... E o tempo certo, é algo que só se sabe depois... Em breve ele curará, nessa altura sentirei a minha luz própria... Nessa altura ficarei bem...


  Uma lição que tiro das cicatrizes é que não devemos ir contra aquilo que somos... Portanto, se o objectivo é curar, orientar e ajudar a evoluir... O contrário será adoecer, perdermo-nos e escurecer...



  Escrever devolve-me alguma luz a fluir... Solta-me as primeiras amarras! Sinto-me mais perto de mim! Sinto-me eu! Um eu enferrujado, perdido... Desvalorizado... Mas eu!

  Aqui me reencontro...
  Aprendi...
  Orgulho-me das minhas cicatrizes, são prova da cura...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dorme bem... Amanhã espero acordar contigo na tua esfera...



Dorme a meu lado enquanto escrevo...

Consigo sentir o seu calor, o seu toque, o perfume, o som da sua respiração...

Desejo-te, mas hoje não te acordo!

Inebriado de sensações olho para os seus lábios arriscando-me a ceder ao desejo... Deixo-me perder na imaginação, tanto que por instantes penso ter entrado nos seus sonhos...

És tudo o que quero e o que não sabia que queria!


Gostava de ser mais para ela... Queria ser mais com ela...
Desvendar aquele seu mundo de sentimentos e pensamentos, aquele que tanto protege dos outros, de mim...

É bem afiado o lado de fora dessa tua esfera!

Aquilo que ela me vai entregando, o que consegue ser para mim, aqueles seus pormenores é parte do que concebo como dívino...
Sempre que me é permitido estar do lado que não fere, percebo o porquê de tanto caminho, de tanta luta, descubro a verdadeira ambrosia grega para o meu ser invísivel...

Tranca-me aí dentro contigo para sempre!

Sou invisível no que sinto, no que penso e no que sou... A forma como vou pintando a tela torna-se parte do ser vísivel que sou neste universo de daltónicos...

Só tu vês certas as cores que eu vou pintando!

Vou abraçá-la e adomecer com um sorriso...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Lifehouse - Everything" (Videoclip com o 'Diário da Nossa Paixão', lindo!!!)




Find Me Here
Speak To Me
I want to feel you
I need to hear you
You are the light
That's leading me
To the place where I find peace again.

You are the strength, that keeps me walking.
You are the hope, that keeps me trusting.
You are the light to my soul.
You are my purpose...you're everything.

How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?

You calm the storms, and you give me rest.
You hold me in your hands, you won't let me fall.
You steal my heart, and you take my breath away.
Would you take me in? Take me deeper now?

How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
And how can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?

Cause you're all I want, You're all I need
You're everything,everything
You're all I want your all I need
You're everything, everything.
You're all I want you're all I need.
You're everything, everything
You're all I want you're all I need, you're everything, everything.

And How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?

How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?

Would you tell me how could it be any better than this?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um dia no futuro...



  A chuva de verão batia na janela numa melodia doce a despertar perguiças, acordei um pouco mais cedo, sorri sentindo-me um homem de sorte ao olhar-te enquanto ainda dormias... Resisti então, a toda a minha vontade de te beijar e decidi levantar-me para inciar a preparação daquela surpresa que secretamente esperavas todos os anos neste dia... Estava mesmo para o fazer depois de me esperguiçar demoradamente quando me seguras e puxas para ti exigindo que a minha vontade fosse cumprida... Não me levantaria sem o teu beijo e sabendo tu que hoje não iria trabalhar de manhã, esse beijo prolongou-se... Tantos anos depois o nosso beijo ainda se prolonga de forma tão apaixonada... Sou feliz contigo...
  ... Liguei à nossa filha esperando que ela conseguisse criar um pouco de distração para ti durante a tarde, dando-me assim alguma liberdade para a execução dos planos para esta noite... Fiquei logo descansado quando ela me disse que como sempre já tinha tudo preparado e que até já tinha combinado contigo ontem de ir às compras esta tarde... Sabes, este dia sempre me deixou muito ansioso pois é o dia do ano em que nos transformamos nos jovens de outrora, cegados na luz um do outro, para sempre apaixonados...

(Uma história para alguém muito especial me ajudar a continuar...)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Natalie Merchant - My skin"




Take a look at my body,
look at my hands
there's so much here that I don't understand
Your face saving promises,
whispered like prayers
I don't need them.

Cuz I've been treated so wrong
I've been treated so long as if I'm becoming untouchable...

Well, contempt loves the silence
it thrives in the dark,
the fine winding tendrils that strangle the heart
They say that promises sweeten the blow
but I don't need them... no I don't need them.

I've been treated so wrong,
I've been treated so long as if I'm becoming untouchable
I'm a slow dying flower
I'm the frost killing hour
sweet turning sour
& untouchable.

ooh I need
the darkness,
the sweetness,
the sadness,
the weakness,
ooh I need this.
Need a lullabye,
a kiss goodnight,
angel, sweet love of my life
ooh I need this

I'm a slow dying flower
frost killing hour
the sweet turning sour
& untouchable

Do you remember the way that you touched me before,
all the trembling sweetness
I loved and adored...
Your face saving promises
whispered like prayers.
I don't need them.

I need the darkness,
the sweetness,
the sadness,
the weakness,
ooh I need this.
I need a lullabye
a kiss goodnight,
angel, sweet love of my life
ooh I need this
Well, is it dark enough,
can you see me?
do you want me?
can you reach me?
or I'm leaving...
you better shut your mouth
and hold your breath
you kiss me now,
you catch your death
oh I mean this...
oh I mean this..

Sinto que quebrei...


  Tudo é simplesmente tão estranho... Tudo tão simples e tão complicado, tão mágico e tão real...
  A realidade é algo que na verdade não é bonito, chega a ser assustadora e cruel... As pessoas são bem reais, tão e tanto que quase não dá para entender! Egoísmo... O que é isso?
  Parece-me que tudo o que é realmente bonito não passa de um estado de espírito...
  E porquê?
  Será que não nos vêem? Será que não nos amam pelo que somos? Talvez nos amem apenas pelo o que lhes fazemos sentir! Isso que é algo tão facilmente simulado e manipulado... É tudo tão estúpido...

  Caótico é pensar no tudo do que todos somos... É monstruoso o que todos passamos em sociedade, os pequenos traumas que já ninguém se lembra ou conhece, as mágoas que nos queimam e as lágrimas que escorrem cá dentro de cada um... É loucura as defesas e ataques constantes... Sofremos e fazemos sofrer... Penso que é ignorância pura perante aquele algo mais forte... Cegos pela luz, ou colocam os óculos escuros ou viram as costas, e assim escuresse o mundo mais um pouco...

  Quero ser muito mais do que sou e sou capaz de o ser... Mas será que vale a pena?
  Será que me importa?
  Será que é isso que preciso para mim?
  Será que não serei apenas mais um alvo a abater? Por ser diferente, um alvo fácil? Alguém que ousa não andar no escuro...

  É parvo, mas começo a cair num egoísmo estranho, que arrepia... Partilhar-me mais como? E para quê? A poluição desta gente é tal que afecta com força imensa, que começa a superar-me, que me deixa perdido e sem ver nada...
  Vejo os pontos bons mas perdi o interesse por eles! Consigo ver a magia, a luz e até ser parte dela... E? Para quê? Será que estou para isso? Será que quero mais?

  Ninguém me quer perceber neste momento, também porque não faço grande questão de explicar... E preciso de o fazer? Venham, atrevam-se a chegar a mim e vão perceber... Não deixo, não permito, não quero... Vivam a minha cortina de fumo apenas... Em ilusão sentem-se próximos...
  Não é que não vos quisesse próximos se eu não estivesse a pensar assim... Mas é o que penso, o que sinto...
  Uma grande parte de mim já morreu e o resto parece estar a caminho...

  Amo tantas pessoas, amo verdadeiramente, com todo o meu coração, tenho amigos fabulosos e que admiro muito...
  Há coisas que me fazem sorrir, coisas que me fazem soltar gargalhadas até doer a barriga...
  Descubro a informação e o conhecimento que alimentam a curiosidade, que me enriquecem os pensamentos...
  Oiço elogios que acariciam o ego...
  Vejo a maravilhosa luz que surge todas as manhãs e a misteriosa noite que se segue...
  Sonho com a paz em mim...
  Sonho com a mulher da minha vida, aquela que me faça sorrir apenas por acordar ao lado dela... Imagino e quase que oiço as gargalhadas de filhos pela casa...
  Sonho com os meus projectos profissionais e pessoais, aqueles que me façam batalhar e suar até ao orgulho e à satisfação...
  Penso no vento fresco após um dia quente que nos bate na cara, penso na praia, no mar, nas cervejas com os amigos e na chuva que nos puxa para dançar com ela...
  Guardo em mim e procuro o abraço de quem precisa e de quem não precisa, também...
  Estas tantas pequenas grandes coisas a que gosto de intitular de momentos... Momentos, esta palavra que isolada não me deixo atribuir conotação negativa e que quando acompanhada prefiro que descreva a magia da vida com toda a sua intensidade...
  ...Mas... Cair, levantar, cair e levantar, cair, levantar, cair, cair, cair... Olhamos para cima e... Pensamos na queda, as forças parecem esgotar, a dor afiada que surge e o medo, pensamos se desta vez não seria melhor ficar ali deitados... Depois mais um esforço, surgindo uma réstia de coragem ou apenas porque sim e levantamos-nos de novo... Sempre pensei que isso fosse parte do processo, elemento essencial à nossa evolução e ainda penso isso, mas ficam as marcas e fica cá dentro a dor... E como ela magoa...
  Depois de tudo o que enfrentei, de tudo o que vivi, e vivi! Não tenham dúvidas disso! Já fui o rei e o mendigo, já me vi mestre e escravo, já amei e amo, foi-me permitido experienciar mais coisas do que algumas pessoas o fariam se tivessem sete vidas... Fui honrado comigo mesmo até ao fim e acredito fielmente que fiz tudo o quanto pude para não escurecer até este ponto... Portanto, não tentem fazer o impossível, não tentem fazer aquilo que apenas eu posso fazer por mim... Não se aproximem sem que eu permita, nem me tentem pegar ao colo, nem me proteger, nem me apontar a direcção para a luz apesar das tantas vezes que o fiz para alguns...   Apenas estejam ao meu lado se quiserem... Observem só então, estas batalhas na guerra entre as partes de mim que ainda subsistem... Não interfiram! Garanto que farei o que for possível para me isolar, aproximando-me apenas do banal, do menos sentido e do menos pensado por mim...
  O final é algo que não posso prevêr e que nem me atrevo a especular, mas o agora, esse, não está a ser nada ortodoxo... Isso é o que sei... Preciso de espaço para demolir evitando assim que o que amo se danifique colateralmente...

  Sinto que quebrei....
  Sinto que já não sei ser...
  Sinto que já não sei estar...
  Sinto que quebrei...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Mind da Gap - Atitude Construtiva"




  Uma boa amiga fez-me relembrar esta música que me fez tanta companhia no passado e agora voltou para mim... Foi muito agradável ouvir de novo... :)
  Aproveito para dizer que o que coloco no blogue só faz sentido atendendo que não existe nem tempo nem espaço... Passado, presente e futuro tudo junto num espaço de mim...


Refrão1:
Transbordamos sentimentos,
Nestes hinos abordamos os momentos em que estamos sozinhos
Descobrimos caminhos, inspiramos vida
Ganhamos coragem para enfrentar-mos mais um dia

Tenho pensado demais e acho que ando acordado de mais
Tanto que uma nuvem na cabeça me fecha portais
Forças bloqueia em cadeia quem semeia
Só fez correr uma mão cheia de areia
Onde é que foram as pessoas de quem gostava
Para onde é que foram todas as pessoas
Com quem passava dias e encontrava vias para aguentar
Minhas palavras pesam na consciência e deixam escapar
Se me sinto sozinho agora será que não estava antes
Todos acabamos por seguir caminhos diferentes
A culpa não é deles, nem é minha, é nossa
Não quero absolvição, só peço a razão, a vossa

Refrão2:
E quando a noite cai
Transformamos energia negativa
Em vibração positiva que sai
Iluminada e criativa
Atitude construtiva perante o desafio da rotina

Observo a chama da vela que treme
Com a corrente do pensamento que fica
Medito profundamente, meu carma
Com calma, com nabo só (strong plana)
Sinto a solidão apoderar-se da minha alma e do espírito
Neste espaço restrito sinto o infinito
Enquanto cravo chora no abstracto
Expiro, respiro, sentimentos transpiro
Não imaginas como é escuro o sítio ao qual me refiro
Antes só que mal acompanhado
É verdade, não consigo deixar de me sentir traído pela saudade
Nestes momentos eu paro, respiro
E escrevo versos que fazem mais fortes sentir o meu medo

Refrão1
Refrão2

No fim acabas só tu, como no começo
Enfim, pisas o chão, dás mais um ou outro passo
Olhas o céu, como outros olham o teu
O mesmo, porque é que fingem que nada aconteceu?
Trocas uma sala cheia por uma vazia
Sabes que seria igual, nada aconteceria
Pões os teus olhos à procura de rostos familiares
Encontras reacções dispares, muitas aos pares
Poucas sinceras, encerras a actividade social
No final contas contigo menos mal
Ficas perto de ti, a descoberto, sais do deserto
E ficas certo, estavas por um véu coberto

Refrão1

É o que faz gajos mandarem-se da ponte
Do topo de um prédio, para matar o tédio da vida
Põem-se a monte, não há remédio
Quanto mais só estás mais só vais querer estar
Na teia de um ciclo vicioso que não sabes onde vai parar
Precisavas de uma palavra amiga, de conforto
Para fazeres o teu barco chegar a bom porto
Precisavas de uma mão que não se estendesse
Por interesse de alguém que te fizesse acreditar e amortece
Não preciso de elogios, prefiro abraços amigos
Abraços sentidos, mas tenho os braços quase partidos
Não quero tomar partidos num mundo onde tudo está à venda
Continuo a marcar encontros comigo próprio na agenda

Love changes
Love changes
Love changes
And the best friends became strangers

Refrão1
Refrão2
(2x)

terça-feira, 2 de junho de 2009


  Assusta-me a escuridão das pessoas, assusta-me quando a luz não chega mais fundo...
  Algumas pessoas são negras mesmo bem lá no interior delas, são o outro lado do positivo, do certo... São seres que contribuem para o mal, que escurecem e arrastam o mundo para baixo... e assustam-me...

  Sempre quis que as pessoas vissem a luz, que se tornassem parte dela, que se deixassem mergulhar nela... Por isso me esforço para ser e trazer luz… Mas a guerra é dura! A escuridão é doença que nos pega, que nos agarra... Doença que quando tentamos curar contra ataca atingindo-nos de volta... Escurecemos sempre um pouco cada vez que curamos... Claro que estando fortes, aguentamos receber a doença, conseguindo puxá-la para a poder limpar em nós... Assim, como luz, ajudamos os outros, não deixamos ninguém sozinhos no buraco escuro. Iluminamos o caminho e deixamos que se apoiem em nós durante algum tempo... Somos aí parte da cura... Mas não é assim tão fácil... Por vezes a escuridão é tanta e tão forte, que durante a cura temos que absorver muita doença e é preciso saber quando parar... Precisamos de tempo para nos podermos limpar da doença, pois corremos o risco de ficarmos doentes também... É verdade, às vezes sinto-me tão fraco… Paro no limite das minhas forças e caio por terra, chorando tristezas não minhas e perdendo-me depois em muitas outras, essas sim, parte de mim...
  Sei bem como me limpar desse veneno, sei bem como mergulhar na luz… Sei, também, como ir buscar forças por mim… Mas quando fico muito fraco, esgotado, custa muito mais recuperar... É tão mais fácil quando tenho luz perto de mim para ajudar na recarga, é tão mais fácil quando ajudo a vencer doenças pois ganho uma força partilhada... No entanto, às vezes não consigo vencer, perco batalhas... Hoje perdi mais uma batalha… Hoje, estou assim tão fraco assim tão esgotado...

  ...Respiro...
  Não me quero perder no escuro de mim...
  ...Respiro fundo...
  Para baixo, não... A raiva solta-se de todos os meus poros! Vejo tanto negro! As escolhas que fiz... O que me trouxe aqui... Sinto-me no fim de mim, no meu limite... Cerro os dentes, as lágrimas caiem, a temperatura aumenta... A pressão é tanta que parece querer rachar-me ao meio! Os porquês, os serás... Ódio puro! Esta tristeza liquefeita cai dos meus olhos e percorre a cara que se segura na palma das mãos...
  Tudo custa tanto… Dói tanto... Estas saudades, estas fraquezas, os passados, tudo algemas em mim…

  ...Respiro…
  Perco batalhas mas espero ganhar a guerra…

  ...Respiro...
  A temperatura vai descendo, a pressão diminui e forço-me a olhar para cima, a procurar a luz... Recupero algum do folgo evaporado, deixo-me a ver a luz, deixo-me a olhar para cima e vou sentindo um pouco de paz enquanto absorvo gradualmente essa luz... Escorre agora, então, apenas tristeza e entro em processo de limpeza, em processo de cura... ACREDITO! Acredito com as todas as forças que ainda tenho… Procuro-me... Aconchego-me nas lembranças boas... Penso no meu caminho... Sinto os meus gigantes a puxar-me para cima...

  Mais ar! Respiro…
  Ainda estou frágil, seguro-me… Preciso de recuperar as forças, preciso de me libertar deste veneno…

  Olhar, seguir, para cima, para a luz... Temos sempre essa opção... Ser o melhor de nós...

  Preciso de mais luz... Por enquanto respiro, tento acalmar-me, tento recuperar...

sábado, 30 de maio de 2009

I can't get to sleep... "Colin Hay - Overkill"




I can't get to sleep
I think about the implications
Of diving in too deep
And possibly the complications

Especially at night
I worry over situations
I know will be alright
Perahaps its just my imagination

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

Alone between the sheets
Only brings exasperation
It's time to walk the streets
Smell the desperation

At least there's pretty lights
And though there's little variation
It nullifies the night
From overkill

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

I can't get to sleep
I think about the implications
Of diving in too deep
And possibly the complications

Especially at night
I worry over situations
I know will be alright
It's just overkill

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

sexta-feira, 1 de maio de 2009


  Chove lá fora… É mágico, é lindo…

  Lembro de já ter saído de casa a meio da noite para passear entre as gotas, para andar com a chuva, correr na chuva… Esse é o meu desejo agora… Estou tão feliz! Feliz enquanto observo explosões que se provocam na minha mão que vagueia para lá da janela… É tudo tão perfeito… O sol brilha um pouco mais ao fundo, as árvores bem vestidas de um verde tão cheio de vida e a chuva… A chuva… Águas de todo o planeta que se vão purificando, unindo e separando… Descem então essas gotas, esses pequenos beijos de vida… A cada gota na minha pele sinto como se o universo inteiro me estivesse a beijar… Talvez seja mesmo isso… É maravilhoso! Um quadro tão surreal não existiria sem esta chuva e penso que só dava assim… Eis que surge mais um sorriso…

  Fecho os olhos… Que o mundo sinta a luz que se liberta… Sinto-me em transe, sinto-me a emanar energia, uma energia tão intensa… Nunca a tinha sentido assim… Toco então noutro plano, sorrio para vós... Aqui estou eu a aplaudir-vos por existirem… Aqui estou eu a agradecer-vos por tornarem este quadro perfeito… Aqui estou eu a olhar por vós… Espero que sintam a paz…

  Fechem os olhos… Batam duas vezes no peito com a mão… Deixem -se guiar pelo que vem de dentro, corram pelas portas da imaginação até deixar de ser apenas isso… Deixem-se ir, não pensem se é certo ou errado, não pensem que é estranho nem ridículo, pensem apenas no que vem de dentro… Pensem em mim, na melhor recordação que têm, sintam tudo à volta a desaparecer à medida que se concentram apenas nisso… Imaginem que tudo é energia, imaginem que conseguem ver o senhor que vende flores numa esquina de Nova York, que conseguem ver todas essas energias no mundo e de repente já não há mundo, apenas energia… Tudo energia, tudo luz… Concentrem-se no que sobe e não no que desce! Procurem-me… Apareço então, sinto que estão comigo, abraço-vos… Tudo energia, tudo luz, todos um, todos gotas da mesma água, todos unidos…

  A nossa mente é muito mais do que pensamos dela… Convido-vos a experimentar esta viagem, uns poderão ver coisas muito interessantes e deixar-se ir para além da mente, outros poderão perder-se muitas vezes com outros pensamentos e ter dificuldade em concentrar-se. No entanto, prometo-vos que vai ser muito divertido, bastante agradável, talvez mágico… Todas as noites antes de dormir faço um exercício semelhante a este… Adormeço assim abraçado…

  Chove lá fora… Já tenho a mão gelada…

  Estou em paz… Já voltei… Estive contigo…