quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Natalie Merchant - My skin"




Take a look at my body,
look at my hands
there's so much here that I don't understand
Your face saving promises,
whispered like prayers
I don't need them.

Cuz I've been treated so wrong
I've been treated so long as if I'm becoming untouchable...

Well, contempt loves the silence
it thrives in the dark,
the fine winding tendrils that strangle the heart
They say that promises sweeten the blow
but I don't need them... no I don't need them.

I've been treated so wrong,
I've been treated so long as if I'm becoming untouchable
I'm a slow dying flower
I'm the frost killing hour
sweet turning sour
& untouchable.

ooh I need
the darkness,
the sweetness,
the sadness,
the weakness,
ooh I need this.
Need a lullabye,
a kiss goodnight,
angel, sweet love of my life
ooh I need this

I'm a slow dying flower
frost killing hour
the sweet turning sour
& untouchable

Do you remember the way that you touched me before,
all the trembling sweetness
I loved and adored...
Your face saving promises
whispered like prayers.
I don't need them.

I need the darkness,
the sweetness,
the sadness,
the weakness,
ooh I need this.
I need a lullabye
a kiss goodnight,
angel, sweet love of my life
ooh I need this
Well, is it dark enough,
can you see me?
do you want me?
can you reach me?
or I'm leaving...
you better shut your mouth
and hold your breath
you kiss me now,
you catch your death
oh I mean this...
oh I mean this..

Sinto que quebrei...


  Tudo é simplesmente tão estranho... Tudo tão simples e tão complicado, tão mágico e tão real...
  A realidade é algo que na verdade não é bonito, chega a ser assustadora e cruel... As pessoas são bem reais, tão e tanto que quase não dá para entender! Egoísmo... O que é isso?
  Parece-me que tudo o que é realmente bonito não passa de um estado de espírito...
  E porquê?
  Será que não nos vêem? Será que não nos amam pelo que somos? Talvez nos amem apenas pelo o que lhes fazemos sentir! Isso que é algo tão facilmente simulado e manipulado... É tudo tão estúpido...

  Caótico é pensar no tudo do que todos somos... É monstruoso o que todos passamos em sociedade, os pequenos traumas que já ninguém se lembra ou conhece, as mágoas que nos queimam e as lágrimas que escorrem cá dentro de cada um... É loucura as defesas e ataques constantes... Sofremos e fazemos sofrer... Penso que é ignorância pura perante aquele algo mais forte... Cegos pela luz, ou colocam os óculos escuros ou viram as costas, e assim escuresse o mundo mais um pouco...

  Quero ser muito mais do que sou e sou capaz de o ser... Mas será que vale a pena?
  Será que me importa?
  Será que é isso que preciso para mim?
  Será que não serei apenas mais um alvo a abater? Por ser diferente, um alvo fácil? Alguém que ousa não andar no escuro...

  É parvo, mas começo a cair num egoísmo estranho, que arrepia... Partilhar-me mais como? E para quê? A poluição desta gente é tal que afecta com força imensa, que começa a superar-me, que me deixa perdido e sem ver nada...
  Vejo os pontos bons mas perdi o interesse por eles! Consigo ver a magia, a luz e até ser parte dela... E? Para quê? Será que estou para isso? Será que quero mais?

  Ninguém me quer perceber neste momento, também porque não faço grande questão de explicar... E preciso de o fazer? Venham, atrevam-se a chegar a mim e vão perceber... Não deixo, não permito, não quero... Vivam a minha cortina de fumo apenas... Em ilusão sentem-se próximos...
  Não é que não vos quisesse próximos se eu não estivesse a pensar assim... Mas é o que penso, o que sinto...
  Uma grande parte de mim já morreu e o resto parece estar a caminho...

  Amo tantas pessoas, amo verdadeiramente, com todo o meu coração, tenho amigos fabulosos e que admiro muito...
  Há coisas que me fazem sorrir, coisas que me fazem soltar gargalhadas até doer a barriga...
  Descubro a informação e o conhecimento que alimentam a curiosidade, que me enriquecem os pensamentos...
  Oiço elogios que acariciam o ego...
  Vejo a maravilhosa luz que surge todas as manhãs e a misteriosa noite que se segue...
  Sonho com a paz em mim...
  Sonho com a mulher da minha vida, aquela que me faça sorrir apenas por acordar ao lado dela... Imagino e quase que oiço as gargalhadas de filhos pela casa...
  Sonho com os meus projectos profissionais e pessoais, aqueles que me façam batalhar e suar até ao orgulho e à satisfação...
  Penso no vento fresco após um dia quente que nos bate na cara, penso na praia, no mar, nas cervejas com os amigos e na chuva que nos puxa para dançar com ela...
  Guardo em mim e procuro o abraço de quem precisa e de quem não precisa, também...
  Estas tantas pequenas grandes coisas a que gosto de intitular de momentos... Momentos, esta palavra que isolada não me deixo atribuir conotação negativa e que quando acompanhada prefiro que descreva a magia da vida com toda a sua intensidade...
  ...Mas... Cair, levantar, cair e levantar, cair, levantar, cair, cair, cair... Olhamos para cima e... Pensamos na queda, as forças parecem esgotar, a dor afiada que surge e o medo, pensamos se desta vez não seria melhor ficar ali deitados... Depois mais um esforço, surgindo uma réstia de coragem ou apenas porque sim e levantamos-nos de novo... Sempre pensei que isso fosse parte do processo, elemento essencial à nossa evolução e ainda penso isso, mas ficam as marcas e fica cá dentro a dor... E como ela magoa...
  Depois de tudo o que enfrentei, de tudo o que vivi, e vivi! Não tenham dúvidas disso! Já fui o rei e o mendigo, já me vi mestre e escravo, já amei e amo, foi-me permitido experienciar mais coisas do que algumas pessoas o fariam se tivessem sete vidas... Fui honrado comigo mesmo até ao fim e acredito fielmente que fiz tudo o quanto pude para não escurecer até este ponto... Portanto, não tentem fazer o impossível, não tentem fazer aquilo que apenas eu posso fazer por mim... Não se aproximem sem que eu permita, nem me tentem pegar ao colo, nem me proteger, nem me apontar a direcção para a luz apesar das tantas vezes que o fiz para alguns...   Apenas estejam ao meu lado se quiserem... Observem só então, estas batalhas na guerra entre as partes de mim que ainda subsistem... Não interfiram! Garanto que farei o que for possível para me isolar, aproximando-me apenas do banal, do menos sentido e do menos pensado por mim...
  O final é algo que não posso prevêr e que nem me atrevo a especular, mas o agora, esse, não está a ser nada ortodoxo... Isso é o que sei... Preciso de espaço para demolir evitando assim que o que amo se danifique colateralmente...

  Sinto que quebrei....
  Sinto que já não sei ser...
  Sinto que já não sei estar...
  Sinto que quebrei...