terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Hoje é dia de Carnaval... Que verdadeira euforia!
Imensas pessoas usando máscaras, as ruas cheias mesmo de noite. Pensar em encontrar estacionamento perto dos bares é loucura... Eu tentei! O que por si só, se torna prova irrefutável de algo louco! Enfim, os amigos estão primeiro e fazem-se os sacríficios...
Embora eu não me mascare há mais de dez anos, corrigindo, embora eu não me mascare mais do que o normal, até acho gira a ideia do carnaval actual. Um dia em que podemos parecer algo que não somos... Mais gira seria ainda essa ideia se assim não fosse durante o ano todo para grande parte desta gente...
Estás girissima!"Ganda" maluco! Eu hoje só trouxe os elásticos... Uma gargalhada, um sorriso e uma palmada nas costas...
Vê-se polícias, ladrões, prisioneiros, chulos, freiras, "travestis", demónios, "anjinhas", prostitutas, "toureiras", "vacas", "cobras", novos ricos, vagabundos, palhaços, "porcos" e muito mais... Ou seja, vê-se um pouco de tudo o que já é bem normal sempre que se saí de casa para ir a um bar que se preze... Ora bem, tudo isto é bem natural (como o iogurte? sim...), a inspiração vem sempre de algum lugar. As vivências destas pessoas constroem peça por peça suas máscaras...
Pinta-te, dança e canta! Hoje ninguém leva a mal...
Este ano mais uma vez, ou pela primeira vez, não me mascarei, não tive vontade e achei que não teria lógica fazê-lo...
Sem máscara, não sorri em falso e não disse coisas que não senti. Sem máscara, estive triste quando estive que estar e soltei gargalhadas quando as poderia conter...
Cantei para mim, sonhei por mim e voltei quando foi preciso...
Até pode parecer que critico o carnaval ou as pessoas nesse dia em específico, mas não! Nem pensar! A crítica é só imposta como tal quando dia se torna em dias, meses e anos... Como já disse, até gosto bastante desta festa carnavalesca, enfeita-me a vida! Carnaval é bom no geral mas em dia específico...
Parabéns por esta festa, por este dia, a todos os que participaram! A beleza e as cores do carnaval são feitas de todos vós! Quanto mais pessoas aderirem, neste dia, mais carnaval é e mais a tradição se fortalece...
Hei, Carnaval, eih.. Não tenho motivos para festejar, mas alegro-me por existir pessoas que tenham...
Permanece a esperança de que no final muitos caiam em si deixando partir suas máscaras...
No próximo ano quero ter motivos para me máscarar nesta altura!
Um pouco da História do carnaval:
"O carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.
A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.
Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas da forma semelhante à de hoje.
A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. A esta favorável recepção, acrescentou-se as famosas marchinhas carnavalescas que incrementaram a festa e a fez crescer em quantidade de participantes e em qualidade."
Por Gabriela Cabral
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Screaming for the one with my last breath
Please come now I think I'm falling
I'm holding on to all I think is safe
It seems I found the road to nowhere
And I'm trying to escape
I yelled back when I heard thunder
But I'm down to one last breath
And with it let me say
Let me say
Hold me now
I'm six feet from the edge and I'm thinking
That maybe six feet
Ain't so far down
I'm looking down now that it's over
Reflecting on all of my mistakes
I thought I found the road to somewhere
Somewhere in his grace
I cried out heaven save me
But I'm down to one last breath
And with it let me say
Let me say
Hold me now
I'm six feet from the edge and I'm thinking
That maybe six feet
Ain't so far down
Ain't so far down
Sad eyes follow me
But I still believe there's something left for me
So please come stay with me
cause I still believe there's something left for you and me
For you and me
For you and me
Hold me now
I'm six feet from the edge and I'm thinking
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Amiga de outrora
Esta é a última vez que te falo como o amigo de outrora... Hoje tirei-te do pedestal, hoje, pela primeira vez na minha vida saíste desse altar de admiração e adoração em que sempre estiveste para mim. Sei, agora, perfeitamente que o teu lugar já não era lá há muito tempo, no entanto, era para mim complicado ver isso e sentir isso.
Sou visto como um buraco negro, como um fraco, pertença de uma família de nojo e parte de um mar de tristezas.
Nós já nos afastamos há muito tempo e a culpa não é só tua, nem só minha…
Serei breve no que tenho para dizer, pois tudo o que digo está sujeito a más interpretações, segundas opiniões e aparentemente cheio de intenções que não são as minhas. Devo parecer má pessoa, não devo saber expressar o que sou e sinto… ou então as memórias são curtas e poluídas... Talvez, tudo isso nos leve à situação em que nos encontramos agora...
Vou ser breve no que tenho para dizer, não quero culpar ninguém... Existem culpados embora sem culpa directa... A maior culpa está em mim...
Sim, vou ser breve no que tenho para dizer porque já tanto em muitas vezes foi dito que perde a lógica repetir. Sabes que foste a minha maior influência de vida, que me construíste com a tua presença e que me alimentaste de princípios. Que foste a pessoa que mais confiei na vida e que sempre tentei proteger...
Se alguma vez precisares de ajuda minha outra vez, cá estarei para te a entregar e saldar esta minha dívida psicológica. Até agora, não a considerava uma dívida. Julgava saber que o que fazias era porque me vias com os mesmos olhos que eu te via e que o farias seria o que eu faria por ti... Mas não é verdade e em vez da reciprocidade instala-se a dívida...
Se alguma vez precisares cá estarei para ti. Mas para os meus assuntos, Acabou! Já não confio em ti! Somos o que fazemos, o meio que nos envolve e as pessoas com que convivemos. Não me sinto acarinhado por ti! Não sinto preocupação! Sinto a crítica! Raiva! Porquê a raiva? Sou comparado em vez compreendido… Desamparaste-me… A verdade é essa! Deixaste de me querer perto, de querer conviver comigo, deixaste as tardes de conversa, os cinemas, o estar, o ouvir, o qualquer coisa e tudo… Tenho saudades… Sofri com essa falta na minha vida, sofro que não precises e que não queiras isso...
Este último mês falei com alguns dos meus melhores amigos todos disseram para te pedir conselhos e me aproximar de ti. Acho que eles sentiram que já não conseguiam carregar as minhas forças... Pensaram que só mesmo tu poderias conseguir essa façanha! Mas eles não sabem... Não sabem que tu já não sabes ser tu comigo…
Esta semana, comentei com a mãe que queria falar contigo. Pensei que serias luz para os meus dilemas e que me apontarias o caminho...
E hoje, quando estava lá fora a fumar pensei em te convidar para um café ou cinema de tarde. Mas quando entrei em casa só senti as flexas que de novo me perfuraram. Não consigo falar na presença de teu guardião! Tu sabes que não... Devias saber o tanto que me custa pedir para estar contigo. Agora, sou sempre eu… Já houve um tempo em que me ligavas para estarmos juntos. Perdeste o interesse… Custa precisar de ti sem que precises de mim. As amizades só funcionam a dois! Queria falar contigo… Mas acabou! Já não há mais conversa entre nós, já não há amizade...
O nosso passado é a sombra da nossa vida, lamento por isso e percebo os motivos para não quereres estar próxima disso. Compreendo que é melhor para ti. E eu? O melhor para mim é saber que não conto contigo e que não confio em ti nem para conversar. Lamento que seja assim...
És a pessoa que mais adorei até aqui e precisava de me despedir dizendo o que penso, o que sinto…
Deixa-me em paz, porque a partir agora já não és… Não me abordes mais, porque a partir agora és apenas uma pessoa na minha família e uma sombra do meu passado...
Não quero mais ligação a essa ilusão. Precisava de dizer muito mais coisas, mas não vale a pena...
Desculpa se te magoei, mas é assim que é na minha cabeça. É o que sinto!
Adeus…
Beijinho