sábado, 17 de janeiro de 2009

Assim... a perder o controlo...

  Sinto-me de novo escalando o vazio, flutuando numa prisão de emoções... Tudo isto é tão estranho... Tão maravilhoso... Mas, também, é tão... Ou é? Ou...

  Que saudades tinha eu de me sentir assim e que medo... Medo? Sim... Existe um calor doloroso no preenchido vazio daquilo que quero mas não posso ignorar... Sinto-me impelido e proibido! Sinto-me preso e com uma força que quebra todas as correntes.
  Foi! Mas é impossível... Não pode ser... Foi do nada, após tanto me esconder e proteger nesta parede de ferro, surgiste, tu, meu poderoso íman!

  Hoje só quero chorar e não consigo... Não me deixas... Não me deixo! Preciso de explodir, preciso de ignorar todos os avisos, todas as probabilidades, tudo o que é negativo... Fugir é isso, fugir de ti! Tarde demais! Fugir agora não resolve nada... Julgo nunca ter estado assim tão cedo no jogo, existe algo mais além de tudo o que é racional, algo mais etéreo, algo que liga sem explicação...
  Eu não te amo, não... quero-te... É quase certo que eu vá, é provável que não me queiras, é possível que tudo seja ao contrário... Sendo, eu, senhor do caminho, mas escravo da ironia! Não quero fazer mal a ninguém, nem a mim, nem a ti... nem aos outros... Mas como? Sei que já não sou o estratega neste tabuleiro de xadrez, pois caí como esses dados que rolam incertos...

  Certo, eu e os meus pilares! Eu prendo-me e seguro-me com amarras soltas para vida em probabilidades e princípios... No entanto, agora, os meus pés perderam o chão e a minha cabeça não encontra rumo... Tudo isto é tão complicado e errado, mas tão simples, tão certo... Porquê? Porquê agora? Porquê? Será que foi precisa esta minha destruição para que possa voltar a viver? Renascer das cinzas? Será?

  Tenho calma... vamos ver...

  Assim eu sou, assim sou eu, o imcompreendido que nem se compreende...

  Tenho calma... vamos ver...

  Assim sou eu, assim eu sou, o louco que é doido em segredo...

  Calma...

  Assim eu sou, solto...

  Vamos...

  Assim sou eu, a perder o controlo...

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